Um novo jeito de vestir: troque a posse pelo acesso
Não importa se você é super ligado em moda ou se não faz ideia de quais são as últimas tendências, o fato é que, em algum momento, todo mundo já se perguntou sobre os impactos ambientais da produção têxtil ou como tornar a moda mais sustentável.
A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo, responsável por gerar uma imensa quantidade de resíduos e emissões de gases que provocam o efeito estufa.
A produção têxtil e seus impactos ambientais
Conhecida como uma das indústrias mais efetivas em produção de poluentes e exploração de recursos naturais, os impactos gerados pela produção têxtil precisam ser lembrados pelos consumidores diariamente.
É assombrosa a quantidade de água e energia utilizadas na produção de roupas em larga escala. Sem contar que a produção de fibras, também utilizadas na confecção de peças de roupa, demandam a utilização de pesticidas e fertilizantes químicos que contaminam intensivamente o solo e a água.
E não para por aí, porque ainda precisamos enfatizar a gigantesca quantidade de lixo têxtil que é depositada no meio ambiente diariamente. Desde os retalhos e linhas utilizados na produção, até as próprias roupas descartadas pelos consumidores, todos esses são resíduos que caracterizam a indústria da moda como uma das principais responsáveis por despejar lixo inorgânico no meio ambiente.
A Global Fashion Agenda dez um levantamento caracterizando esta indústria como uma producente de cerca de 92 milhões de toneladas de resíduos por ano, isso significa um total de 4% do todos os resíduos sólidos urbanos.
Slow fashion como alternativa de moda sustentável
Pensando em alternativas sustentáveis para ameninar todo o impacto ambiental causado pela moda, surge o Slow fashion – uma proposta mais consciente de produção e consumo de roupas.
Nesta categoria as roupas são produzidas de forma ética e sustentável, com materiais que estejam caracterizados pela entrega de uma maior qualidade e durabilidade. O objetivo é incentivar um consumo mais consciente e reduzir a quantidade de resíduos gerados pela indústria da moda.
Além disso, um dos objetivos do Slow fashion é desenvolver uma nova forma de pensar sobre o vestir, considerando a reutilização de roupas e não somente a aquisição impensada. Neste sentido, projetos como a Roupateca, que atua em São Paulo desde 2015, surgem com o objetivo de incentivar o consumo mais consciente e que liberta os consumidores da dependência de compra. Neste exemplo, as pessoas podem alugar roupas de extrema qualidade e usá-las por um certo período de tempo, podendo variar seu guarda-roupa de com menos impacto ambiental. Além, é claro, de ser uma iniciativa que faz girar a economia local.
O que aprendemos com isso?
A produção de roupas ainda é um grande desafio enfrentado pela nossa sociedade no que diz respeito à preservação ambiental, porque ao mesmo tempo que se faz necessária, tornou-se uma iniciativa e geração de lixo têxtil e poluição.
Considerar o Slow fashion como uma alternativa de consumir roupas, é apostar em uma produção mais consciente e sustentável que visa reduzir a quantidade de resíduos gerados pela indústria da moda.
Esse artigo é um convite para que você possa adotar um novo jeito de vestir, trocando a posse pelo acesso assim, juntos, podemos contribuir para um mundo mais sustentável e equilibrado.